
Empresários e empresárias do país optimistas em relação ao futuro
Pelo quarto ano consecutivo, a Zaask elaborou um Estudo Nacional em colaboração com a Universidade Católica Portuguesa que analisa a competitividade dos distritos, o apoio do Governo Regional/Local, a situação financeira das empresas e a situação económica das regiões, com base num inquérito realizado a 2290 profissionais e microempresas portuguesas, cujo número de colaboradores e colaboradoras está compreendido entre 1 e 10.
De um modo geral, os empresários e as empresárias do país estão optimistas em relação ao futuro (59% acreditam que a situação da empresa irá melhorar) e aconselham aos seus pares a começar um novo negócio (55%).
Estudo nacional Zaask: a competitividade no distrito
Em Portugal, cerca de 55% das pessoas inquiridas aconselharia a criação de um novo negócio no seu distrito e apenas 15% o desaconselha, tendo os restantes respondido “indiferente”. São os empresários e empresárias da área de serviço para a casa que mais aconselham o estabelecimento de novos negócios.
Em termos de zonas geográficas, são as pessoas do Algarve e Lisboa que mais admitem que incentivariam outros a começar novos projectos nos seus distritos. As do Norte, por sua vez, são as que menos recomendam a que se comecem empresas neste distrito.
No entanto, os inquiridos não consideram fácil lançar um novo negócio no seu distrito. Na verdade, apenas 18% do total percepciona essa tarefa como fácil ou muito fácil. À semelhança do ponto anterior, são também as pessoas dos distritos de Lisboa e do Algarve que consideram esta tarefa mais fácil. No entanto, são os moradores do Alentejo, Ribatejo, Açores e Madeira que acreditam que esta tarefa é menos fácil.
Já em termos de contratação, os empresários e as empresárias sentem dificuldades na contratação de empregados para o seu negócio. Apenas 19% considera fácil ou muito fácil contratar no seu distrito. São os empregadores e empregadoras dos Açores e Madeira que consideram este trabalho mais complicado.
Apoio do Governo Regional/Local
A maioria dos inquiridos não tem conhecimento da existência de programas de formação para pequenos empreendedores oferecidos pelo governo regional/local (75%). Os e as habitantes das ilhas são os que mais afirmam conhecer estes programas de formação e os de Lisboa os que menos referem conhecer.
Os programas de networking promovidos pelos governos regionais/locais são ainda menos conhecidos entre os inquiridos: no total, apenas 14% afirma ter conhecimento dos mesmos em Portugal. São também os empresários e empresárias dos Açores e da Madeira que têm mais conhecimento destas acções de networking.
Situação financeira da empresa
Relativamente à situação actual da empresa, 75% dos empresários nacionais encaram a sua situação como razoável, boa ou muito boa. Em termos de sectores, são os de serviços para a casa e empresa que consideram a sua situação melhor. As empresas do distrito de Lisboa são as que têm uma visão mais positiva nestes termos e as do distrito de Setúbal as que consideram a situação financeira menos boa.
No que respeita às receitas, 42% dos empresários e empresárias de Portugal refere que estas aumentaram muito ou um pouco nos últimos 12 meses e 37% que se mantiveram iguais. Profissionais e empresas do Algarve e Lisboa são os que mais afirmam que as suas receitas aumentaram.
Por sua vez, 66% dos empresários e das empresárias responderam que os valores cobrados aos seus clientes se mantiveram iguais e apenas 19% diz ter aumentado os valores.
Há um optimismo em relação ao futuro. Apenas 11% dos inquiridos perspectivam uma evolução negativa da sua empresa. Por sua vez, cerca de 59% prevê melhorias no desempenho das organizações, havendo um destaque principal para empresas sediadas em Lisboa e no Algarve. Nos extremos opostos estão as regiões Centro, Alentejo e Ribatejo.
Profissionais das empresas de Lisboa e do Algarve são os que, de acordo com as respostas, estão mais satisfeitos com a situação financeira da empresa, bem como os que acham mais fácil lançar um negócio e contratar funcionários. Por sua vez, são os empresários e empresárias das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira que afirmam que há mais apoio e programas de formação e networking por parte dos governos regionais ou locais.
Consulte aqui o estudo nacional Zaask completo: